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Roube sorrisos nas ruas nos bosques da reciprocidade


Hoje, na volta de uma consulta médica, notei, ao olhar para uma senhora, o quanto é benéfico sorrirmos para as pessoas nas ruas.

Sei que existem, é claro, pessoas carrancudas, pessoas amargas, que não corresponderiam ao nosso sorriso.

Mas será mesmo que não corresponderiam?

Você já tentou?

Confesso que eu ainda não tive essa satisfação, mesmo porque, penso que seria um pouco constrangedor e minguaria um pouco a dose salutar de meu bem-estar momentâneo.

Mas porque temos esse medo que nos assola a alma, nos impedindo de tentarmos e, talvez, obtermos algum sucesso nesse sentido?

Costumamos sorrir para quem nos dê segura guarida, a quem sintamos verdadeiramente que irá acolher com ternura o nosso carinho, direcionado a essa suposta terceira pessoa.

É comum direcionarmos o nosso afeto somente para pessoas que conheçamos bem.

E creio que seja assim com todos, comigo, com você, e com o seu suposto vizinho, esse que divide a mesma atmosfera que você, onde o que os separa são somente paredes.

Há também quem não se dê verdadeiramente bem com esses que dividem o quarteirão que você reside, resultando rotineiramente no descanso que abriga o seu cansaço.

Importa é que nos socializemos, que possamos dar o nosso ar da graça, para um suposto alguém que você venha a cruzar olhares, para aquele que contradizendo as esquivas de um inevitável mau humor, passe por nós, cantarolando ou assoviando alegremente uma canção que já ouvimos antes.

Vale também, cumprimentarmos o porteiro, conversarmos com a zeladora do prédio, e darmos bom dia para quem embarque no elevador conosco.

Tudo isso, é pra que não nos esqueçamos que temos guardado dentro de nós, dons que não aprendemos com ninguém, mas que são infalíveis receitas sociais capazes de trazer um pouquinho daquele quentinho que sentimos no coração toda vez que emprestamos um pouco ao universo paralelo ao nosso, o nosso calor humano, esse que é tão humanamente sentido.

Para os embates da vida: temperança. Para o azedume de terceiros, sorrisos desconcertantes, para iniciarmos um bom papo, iniciativa.

Afinal, se todos nós portamo-nos como agentes passivos, muito provavelmente, passaremos a conviver em uma sociedade onde estaremos sendo frios, insensíveis, pois sabemos intuitivamente que precisamos trocar informações tácitas, para que possamos respirar os nossos sentidos com a sensação de aconchego latente dentro de nós.

Precisamos uns dos outros para que possamos sobreviver em meio a esse caos em que nos encontramos trancafiados e inseridos.

Vivemos e convivemos em uma sociedade onde muitos estão temperamentalmente adoecidos.

São tantos os embates, que fica difícil encontrarmos a brecha por onde o sol insistirá em entrar e nos saudar, nos dizendo que está ali para nos demonstrar a força que a vida da natureza possui.

Devemos sim, fazer a nossa parte, para que possamos transformar o caos em convivências pacíficas…

Passamos boa parte do nosso tempo enclausurados, muitas vezes em escritórios, onde a vida parece ser fria, não nos tocando o coração como quando na sexta feira nos encontramos com nossos familiares, seguida da sensação de abatimento que assola os domingos, contagiando a atmosfera que todos nós compartilhamos, simplesmente porque desejamos ficar ali, mais um pouquinho junto aos nossos, compartilhando afetos verdadeiros e únicos.

Mas a segunda feira, assim como os outros dias da semana é inevitável, ela certamente e sabiamente chegará.

Sei que existem é claro trabalhos edificantes, onde formam-se ali, segundas famílias, onde sentiremos faltas sentidas quando o período de férias chegar.

É a rotina que nos transformou em seres sociais.

Somos feitos para conviver em sociedade, somos feitos para trabalhar, para estudar e para aprimorarmos o nosso conhecimento.

Não existirão jamais, barreiras que nos impedirão de irmos adiante, de darmos passos progressistas e carregados de firmezas e de certezas sóbrias.

Sinta-se você feliz e agradecido, pelo trajeto que você faz todos os dias, fazendo-te chegar inteiro em casa.

Sinta-se agradecido, para ter para onde ir e derramar afetos, e quando não, quando se tenha um lar desfavorecido, não adormeça no ponto por tempo ilimitado. Saiba que, sempre existirá uma saída para a solução das suas problematizações mais enraizadas.

A resposta para todas as questões estará dentro de nós, basta que, para isso, você reflita e procure encontrar em algum cantinho de suas ponderações, a resposta que você tanto anseia em encontrar.

Siga sempre em linha reta, nunca descansando por tempo demasiado, tendo dentro de si, a nítida e clara certeza que para prosseguirmos, basta que não paremos de caminhar.

Devagar se vai ao longe, e caminhando se chegará aos passos certos, que você precisará dar para que você chegue exatamente onde precisa-se chegar para realizar-se e para ser cada dia mais, senhor de si e de todas as suas vontades.

Existirá o tempo certeiro, capaz de abrigar tudo aquilo que insistimos em tentar esconder de nós mesmos.

Prossiga e faça do hoje, estrada segura que abrigará o seu amanhã que inevitavelmente chegará para você.

O tempo certo sempre será o aqui e agora, não deixe de fazer a sua parte, todo o restante será consequência e gratificação da concretização de sonhos que você lutou bravamente para alcançar e seguir.

Construa a ponte que fará com que você caminhe os passos inevitáveis que transitam em algum lugar desse impreterível tempo, que é seguro e fértil, mas que não esperará demasiadamente pela sua boa vontade de seguir adiante.


Amantes Fecundos do tempo:

 

Gratidão pela leitura!

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