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Como me tornei escritora


Escrevo porque gosto do que faço, escrevo porque esse ato me diz inteiramente sobre quem sou.

Escrevo para iluminar o ser, na totalidade que me faz branda, lúcida e leve.

... O iniciar de tudo, foi com a morte de meu encantado pai...

Estava em sala de aula, tenros 16 anos... Um poema nasce despretensiosamente…

Foi algo assim:

"Quando uma lágrima fria desce pelo meu rosto quente…"

A continuação não me recordo, mas me marcou. Foi a partir daí que comecei a escrever…

Dali por diante, nunca mais parei.

Costumo dizer que, um poema nasce quando algo em nós começa a morrer, algo em nós, seguidamente falece, para logo após dar a luz a pensamentos que correm desenfreadamente soltos e sem medida exata de ser e de fazer-se existir.

Creio que nós escritores, sentimos nas fibras aquecidas de nosso pulsar de alma, versos que ainda estão por vir, para desaguarem na casa de nossos sentimentos reais, guardados latentemente dentro de nós.

... Quando comecei a escrever para algumas revistas eletrônicas, não tinha conhecimento da enorme gama de partículas, a contar sobre a infinidade de escritores que estão espalhados pela web.

São tantos, e muito mais do que isso, além da quantidade exacerbada, são possuidores de qualidades incríveis.

Talentosos.


Tenho recebido muitos sins e raríssimos nãos.

Um deles foi de uma editora alegando que meu estilo de escrita, não condizia com a página dela.

Sugeriu-me criar um blog.

Fiquei, é claro, chateada, mas a vida segue. No entanto, tive certeza de que, nos anos seguintes, as propostas seriam boas, de acordo com o feeddback que estava recebendo…


Acertei. Continuei.

... A vida do escritor, nem sempre é um mar de rosas, precisamos colocar no papel, ideias impressas nas telas de nossos pensamentos, fazendo isso, diria que, com certa urgência.

Foram tantas as vezes que, já com a luz apagada, tentando embarcar no sono, constatar que, como um vulcão, haviam ideias fantásticas em meu hd interno...


Rapidamente, energicamente, bipolarmente pulava da cama, a fim de emprestar ao papel, o que me vinha naquele instante à mente. Temporariamente, já que, no outro dia, ou em muito breve, tais ideias tomariam um novo e apressado rumo. Correriam organizadas às telas do notebook, nascendo, a partir dali, novos textos. Seriam eles publicados em algumas páginas, logo em seguida.

... Primeiramente nasce o esboço, para, posteriormente, surgirem figuras emprestadas a ele, nascidas junto de ilustrações como imagens retiradas da internet e devidamente autorizadas, para dar-lhes vida, traduzindo sonhos vindouros.


Tudo estando devidamente pronto, ou quase isso, para seguidamente vir a correção, e deixarmos o texto adequado para chegarem às mãos do leitor.


Acredito que existam escritores mais hábeis do que eu, e que errem com menos frequência.

Eu mesma, hoje erro muito menos, referente aos equívocos iniciais de minha jornada.

Enfim... o texto precisa passar por uma análise minuciosa de vírgulas corretas, hifens e crases, uma vez que, com a nova ordem ortográfica, muita coisa mudou, de alguns anos pra cá.

Mas é com imenso prazer que expresso tudo que me ocorre oculto na alma, onde nenhuma ideia deve ser perdida ou passar despercebida.

Escrevo, enfim, pelo desmedido prazer de escrever, mas escrevo sobretudo, por que abraço dever com o coletivo.


Palavras não morrem.

Devo enfatizar que, inspiro-me em várias pessoas, mas digo que cada um traz junto de si, um universo de ideias e uma maneira muito peculiar de expressar-se e de emprestar ao mundo, verdades individualizadas.

Como cantou um dia Renato Russo...

“Luz e sentido, e palavra...

... Palavra é...”

O restante da frase discordo um pouco, pois para mim, o coração pode sim traduzir e exemplificar palavras, ainda que racionais elas sejam...

O restante da frase, para quem não sabe, não se recorda ou desconhece, é a seguinte...

"Palavra é... o que o coração não pensa..."

A estrofe primeira dessa canção, está gravada até hoje em minha mente, pois me toca profundamente...

... Seguimos todos, em busca de verdades sublimes, que emprestarão aos olhos aguçados do hemisfério, um pouco do que nos vai por dentro, fazendo brotar sonhos em almas muitas vezes cansadas e esmagadas pelo cotidiano, mas que precisam desesperadamente sonhar e acreditar que um novo mundo poderá nascer, como a busca de almas muitas vezes inquietas, mas que acreditam que absolutamente tudo pode acontecer.

Para isso, uma dosagem de fé e certeza de que nossos sonhos não mais nos pertencerão, e sim ao leitor, que enxergará de maneira peculiar, aquilo que cuidadosamente o fizemos sentir em nossos momentos introspectivos.

É meu desejo que brotem na casa do cosmos, escritores que farão com que suas verdades venham acompanhadas de doses salutares de sonhos reais, e que tudo aquilo em que acreditem, possa refletir desmedidamente na alma de todo aquele que esteja disposto a deixar-se embalar por novas maneiras de sentir a vida.

Desejo que essa vida seja a esperança que nos fará acreditar que absolutamente tudo é possível para aquele que crê na força voraz que moverá montanhas em direção de velas mais ajustadas.

Que nossos sonhos sejam morada para fazê-los sentir que podemos viajar sem precisarmos gastar enormes quantias em dinheiro com isso.

Que as verdadeiras alegrias brotem a partir das coisas mais simples, e que o verdadeiro açúcar da vida, seja o mel capaz de adoçar na medida certa (não aquele que nos levaria ao hospital um dia), e que a medida exata dos temperos, seja o que nos tornará saudáveis e satisfeitos com refeições mais acertadas. Devidamente apreciadas e saboreadas.

Vida longa a todos, é o que desejo a quem sabe fazer dessa vida, palco de grandes espetáculos, vivos e inebriantes como lindos pores de sol...

Thiana Furtado



 
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